O futuro é agora.

Mata Atlântica :

Não podemos falar do futuro da Mata Atlântica sem lembrar um pouco do passado e neste caso, um passado marcado a ferro e fogo, às custas de muita destruição, que faz com que não possamos esperar mais para tomar atitudes contundentes em relação às ações a serem implementadas para salvar o que restou e recuperar o que é preciso.

Na Mata Atlântica vive hoje cerca de 80% da população brasileira e temos 3.409 municípios, o que significa que por um lado temos uma pressão grande sendo feita ainda sobre os 7,4% de remanescentes que restam, mas também que se nos unirmos, teremos um contingente muito grande de pessoas trabalhando por sua conservação.

Este Bioma, que é um dos mais ricos em biodiversidade do mundo, está literalmente em nossas mãos. Preservar e recuperar a Mata Atlântica representa um compromisso e um desafio que deve ser assumido por cada cidadão, porque só assim conseguiremos atingir nosso objetivo.

A Rede de ONGs da Mata Atlântica, que surgiu em 1992 e hoje conta com 257 instituições filiadas, em 17 Estados brasileiros, tem trabalhado para que sejam aprovadas legislações especificas para servirem como ferramenta de ação nos processos de conservação. Neste caso, vale a pena falar do Decreto 750 de 93, de várias Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente e sem dúvida, na Lei da Mata Atlântica que tramita no Congresso há 12 anos e que ao que tudo indica está prestes a ser finalmente aprovada.

Com a aprovação da Lei, que é moderna, clara e didática, e a edição de alguns programas ambientais por parte do governo, a sociedade terá as ferramentas das quais precisa para aproveitar oportunidades na Mata Atlântica, advindas principalmente com projetos de preservação, recuperação, ecoturismo e negócios. Importante lembrar, que para aproveitar bem as oportunidades é imprescindível que se estabeleçam parcerias estratégicas entre os vários setores da comunidade.

Enfim, o futuro da Mata Atlântica é agora porque temos um débito com o passado e temos um compromisso com as próximas gerações, mas principalmente o futuro é agora porque é agora que temos as chances na mão para fazer alguma coisa.